Há 80 anos, por iniciativa de um grupo de professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nascia a Castro, Serra, Nirdo Auditores Independentes (CSN Auditores), naquela época batizada como Sociedade Técnica de Contabilidade e Administração de Belo Horizonte Ltda.
Na distante década de 1940, marcada pela Segunda Guerra Mundial, o Brasil começava a viver um período democrático após o fim do Estado Novo, em 1946, e um acelerado processo de urbanização. O ambiente de negócios se profissionalizava e começava a se abrir. Em uma Belo Horizonte que ainda não tinha completado meio século, o trabalho de auditoria ganhava importância.
Hoje, a CSN Auditores atende aos principais setores da economia mineira e também ao terceiro setor. De acordo com o sócio da CSN, Ricardo do Amaral Fonseca, a auditoria reúne a tradição e reputação conquistadas ao longo das décadas às ferramentas tecnológicas que dão rapidez ao trabalho.
“A empresa foi criada com uma cultura muito rigorosa. Parentes de sócios não eram admitidos e isso foi muito importante. Até hoje fazemos assim. E somado a isso, o alto nível intelectual e de conhecimento técnico dos fundadores e dos sócios ao longo do tempo permitiu que pudéssemos atravessar todos esses anos em um País que sofreu muito com instabilidades política, econômica e jurídica”, explica Fonseca.
O atual grande desafio da empresa não difere muito do que acontece com quase todos os demais setores produtivos: a escassez de mão de obra. No caso da auditoria, isso é agravado porque o trabalho exige mais do que conhecimentos técnicos e de legislação. Um bom auditor precisa ter maturidade e vivência não apenas para encontrar possíveis não-conformidades nas prestações de contas, mas para orientar e subsidiar estratégias de negócios e a tomada de decisão dos clientes.
“Ao sair da faculdade de Ciências Contábeis, normalmente o profissional ainda tem pouca experiência e para ser um bom auditor, é preciso maturidade. Para cada tipo de empresa atendida, o auditor precisa de uma capacitação específica, como para atender aquelas que são regidas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ou as que obedecem a regulamentos específicos do Banco Central, por exemplo. A formação do auditor é intensa porque ele frequenta diferentes setores e isso faz com que muitos caminhos se abram , fazendo com que esses profissionais sejam disputados por diferentes setores”, pontua o executivo.
Ao mesmo tempo em que a disputa por bons profissionais se acentua, as auditorias se aproximam mais da alta gestão das empresas, exercendo o papel de consultoria e subsidiando a tomada de decisão com dados, análises e leitura de cenários e tendências.
Assim, a CSN Auditores se posiciona na construção de estratégia de empresas de diferentes portes e setores, ressalta o sócio Alexandre Pompeu dos Santos.
“Hoje o grande diferencial passa pelo aconselhamento do cliente sobre os processos de auditoria e diversos outros ambientes da organização. Muitas vezes estamos na empresa há mais tempo do que os diretores, por exemplo, e somos convidados a participar dos comitês administrativos. Por mais que usemos as ferramentas tecnológicas – e elas são muito importantes porque aceleram e ajudam a aumentar o índice de assertividade do trabalho -, a análise e a reflexão são e sempre serão humanas”, avalia Santos.
O gosto pela boa conversa, olho no olho, aparece no dia a dia da CSN Auditores. Segundo o sócio da empresa, Juliano Ribeiro Zauli, todo trabalho de campo é acompanhado por um dos sócios.
“Uma boa auditoria sempre passa por uma boa conversa com o cliente. Esse é mais um carimbo de mineiridade. Temos uma atuação grande no interior e isso fica mais latente nas cidades menores. A presença é fundamental. Hoje o volume de informações é muito grande, mas a máquina não terá a sensibilidade do profissional. E existem novos mercados que começam a entender a auditoria como ferramenta de compliance além da legislação, abrindo um novo campo para os auditores”, destaca Zauli.